Jeremias Roseno é músico, produtor musical e radialista.
Sua primeira experiência no rádio foi em 2005. Ele convenceu a empresa em que
trabalhava (uma rede de panificadoras) a arrendar um horário numa emissora
local e a partir daí passou a ser apresentador.
Depois surgiu a oportunidade de trabalhar na rádio evangélica Novo Dia, onde está há três anos. Nela, foi denunciado por não ter o registro profissional, necessário para atuar na área, e foi obrigado a desistir por um tempo do sonho de radialista. No entanto, os ouvintes fizeram campanhas para que ele voltasse a ser apresentador e convencido de que era essa a profissão que queria seguir, participou da turma de 2013 do Curso Técnico em Comunicação Social da Escola Comradio.
Quando alguém pergunta qual o segredo do seu trabalho bem sucedido, ele responde: “eu me divirto com minha profissão, não fico imitando ninguém”. Confira a entrevista:
O que te motivou a procurar o curso técnico de comunicação da Comradio?
Eu comecei a atuar com rádio comunitária há muito tempo e nunca tinha ouvido falar em registro profissional. Pensava que para trabalhar na área era só saber falar bem. Um dia uma rádio convencional evangélica surgiu aqui em Teresina e como sempre atuei nesse meio evangélico um diretor de lá me convidou a conhecer. Fui e arrendei logo um horário, uma vez por semana, depois fui gostando e fiquei com um programa a semana inteira, sem receber nada. Mas um dia, alguém me denunciou no sindicato, pois não tinha registro profissional para atuar como radialista, o que era proibido. Até então não sabia disso. Depois me falaram do curso da Escola Comradio, o qual comecei a participar só por causa do registro. Mas depois percebi como sabia pouco e acabei aprendendo sobre radialismo e também sobre outras áreas, como TV e assessoria de imprensa. Agora já recebi meu registro, estou legalizado e trabalhando na rádio há três anos.
Qual módulo te despertou maior interesse?
O módulo ‘Linguagem no rádio’, que explicou técnicas para falar bem no rádio.
Quais os conhecimentos que você adquiriu no curso e que aplica atualmente no trabalho?
A parte técnica, a sensibilidade, pois você fica mais sensível a falar e a saber ouvir. Como já trabalhava na área, só fiz melhorar o que eu já fazia com os conhecimentos que adquiri na Escola. Eu penso que radialista é 50% o que recebe e os outros 50 % são um dom. Vejo muitas pessoas que se formam em vários cursos, mas não tem dom. Por exemplo, eu comecei a estudar música há doze anos e fui aprendendo a tocar vários instrumentos, mas tem gente que começa a estudar, mas não sabe tocar nada, não tem aquele dom. O radialista é assim, ele já tem o dom e só vai desenvolvê-lo.
O que a experiência como músico contribuiu com seu trabalho na área?
Muita coisa. Acho que o radialista tem que saber ouvir. Trabalhar com música é trabalhar com o que eu mais gosto. Como tenho o ouvido muito apurado pra tocar música, essa sensibilidade do músico me faz também ter sensibilidade no rádio. Como trabalho com vinhetas, jingles, está tudo interligado: minha experiência musical com o rádio.
Após o término do curso quais experiências profissionais surgiram na sua vida?
A oportunidade de trabalhar na própria Comradio. Hoje trabalho como radialista e editor de áudio na Rede EmDiaBrasil.
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